Emprego na crise - Resultado de pesquisa

Como a crise pode apertar o seu orçamento

Quem não conhece alguma pessoa que perdeu o seu emprego por causa da crise?



E se você provavelmente, se ainda não conhece, lamentavelmente, pode vir a conhecer um caso bem próximo na família.

A crise está carregando o emprego e a grana das famílias, e muitos de nós, somos conduzidos a procurar alternativas em outros negócios (se empresário) ou empregos (se empregado)para recuperar a renda perdida causada pelo desemprego de algum membro da família ou mesmo o nosso.

Tem muitas pessoas que trabalham em dois empregos diferentes, e isto não é luxo - É necessidade. O aumento dos preços dos serviços essenciais como água, luz, gás e combustível, por exemplo, faz com que uma fatia maior do orçamento familiar seja engolido. 

Do bolo, sobra praticamente nada para fazer uma reforma na casa, consertar ou trocar o carro, fazer aquela viagem, renovar o guarda-roupa e etc.

Segundo uma pesquisa feita com 400 pessoas pela Consultoria plano CDE em parceria com a empresa Netquest, 36,9% de pessoas com idades entre 18 a 24 anos iniciaram uma atividade informal nos últimos 06 meses deste ano. 

A pesquisa revela também que 25,7% das pessoas com idade entre 25 a 34 anos iniciaram uma atividade informal, contra 19,7% das pessoas com 35 a 44 anos no mesmo período.

Quais foram os motivos que os levaram a entrar numa atividade informal? Foi perguntado aos entrevistados os motivos que levaram eles a iniciar a atividade informal. Segundo os entrevistados, 50% das pessoas responderam que foi para complementar a renda porque o custo de vida aumentou. 25,9% já planejava fazer isso e apenas 14,7% porque perdeu o emprego e precisava trabalhar.

Esse pessoal todo foi buscar serviço onde? Segundo a pesquisa, os 17,5% daqueles entrevistados começaram a trabalhar no setor de higiene e beleza, 14,7% com roupas e acessórios, 11,2% com alimentos, 5,7% com construção e reformas e 4% das pessoas com serviços de beleza.

Como a renda extra foi usada? Estou surpreso, porque 40,1% dos entrevistados disseram que usam a renda das atividades informais para pagar as contas fixas do mês. 15,2% disseram que usa o dinheiro para compras no mercado e outras 12,7% para pagar empréstimos, financiamentos e cartão de crédito.

Qual a renda gerada pela atividade no mês anterior? Esta pergunta é muito interessante porque ela mensura melhor os resultados produzidos pela atividade informal. Apenas 20,2% dos entrevistados disseram ter ganhado até R$ 250,00 e 19,2% ganharam entre R$ 501,00 a R$ 1000,00.

Quanto o negócio representa no total do orçamento doméstico? 32,4% dos entrevistados dizem que a nova atividade representa 50% da renda. Fica claro que a metade das pessoas não tem outra alternativa. Eles tem que fazer um bico ou empreender.

Conclusão

Um dos problemas gerados pela informalidade, é que as pessoas se expõem aos riscos de acidentes e que não serão cobertos pelo INSS. 

Além disso, elas não contribuem com a previdência e não tem direito ao Fundo de Garantia(FGTS) e seguro desemprego, em outras palavras, estão por sua conta e risco.

Assim, todo cuidado é pouco, e devemos tomar bastante cuidados. Tente cortar gastos desnecessários em casa para desobrigar-se da necessidade de trabalhar tanto. 

Escrevi um artigo recente que fala sobre finanças domésticas, lá você poderá encontrar duas planilhas de orçamento doméstico para baixar gratuitamente.

Leitura recomendada: A crise e as novas oportunidades.

Download recomendado: Planilha orçamentária doméstica.

A pesquisa não mostrou o que esta nova atividade representa de custos e despesas do orçamento doméstico, tampouco, a taxa de pessoas que desistiram e os motivos. 

Más, a pesquisa valeu sim, foi muito bem feita e mostrou aonde as pessoas estão indo buscar uma grana extra, aonde estão gastando, e que é possível com o jeitinho brasileiro melhorar as contas honestamente.

Se tiver mais dúvidas pode postar todas elas no comentário que vou responder.  

Espero que este artigo seja realmente muito útil para você. 
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